quinta-feira, 12 de julho de 2012

SENADO FEDERAL DO BRASIL


Suplente é suspeito de omitir bens à Justiça Eleitoral

O engenheiro Wilder Pedro de Morais (DEM-GO) – primeiro-suplente
 do agora ex-senador Demóstenes Torres, cassado ontem, 11 – 
assumirá a vaga no Senado sob a suspeita de ter omitido bens à 
Justiça Eleitoral.
Morais deixará nesta quinta-feira, 12, a Secretaria Estadual de
 Infraestrutura do governo Marconi Perillo (PSDB), em Goiás.
 Sua posse como senador só acontece após o recesso parlamentar.
O jornal O Globo, em reportagem de ontem, informou que
 Wilder é sócio-proprietário de 24 empresas, os dados são da 
Junta Comercial de Goiás. Contudo, ele declarou ao Tribunal 
Superior Eleitoral (TSE) ser dono de 15 firmas e ter um patrimônio 
de R$ 14,4 milhões. Registros da Receita Federal dão conta de
 que pelo menos oito dos empreendimentos que não foram
 informados à Justiça Eleitoral foram constituídos antes da
 eleição de 2010, incluindo dois shopping centers, um 
em Goiânia e outro em Anápolis.
Envolvimento com Cachoeira
De acordo com investigações da Polícia Federal, Wilder de Morais é
 suspeito de ter ligações com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o
 Carlinhos Cachoeira (contraventor preso desde fevereiro, após ter
 sido deflagrada a operação Monte Carlo).
Os indícios desse envolvimento estão nos grampos telefônicos da
 Monte Carlo. Segundo a investigação, Cachoeira atuou para que
 ele fosse escolhido como primeiro-suplente de Demóstenes.
 De acordo com a reportagem de O Globo, Wilder foi o segundo
 maior doador da campanha do ex-senador. Por intermédio de duas
 de suas diversas empresas, ele doou R$ 700 mil.
Ex-mulher
Andressa Alves Mendonça, atual noiva de Cachoeira, já foi casada
 com Wilder. O ex-casal tem dois filhos. Escutas da PF captaram
 Andressa reclamando ao contraventor dos encontros que mantinham
 às escondidas. “É tudo escondido, tem de almoçar dentro de quarto
 de hotel, não quero isso mais não, poxa!”, disse ela a Cachoeira.
 A separação veio dois anos após a descoberta do caso.
O futuro senador é amigo de Lair, pai de Andressa, a quem ajudou
 na campanha vitoriosa de vereador em Goiatuba (GO). Em 2007, 
o ex-sogro foi cassado pelo Tribunal de Justiça de Goiás por
 improbidade administrativa. A sentença foi confirmada pelo Superior 
Tribunal de Justiça (STJ) há dois anos.

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